Sobre o idioma Geez
O idioma geez, também conhecido como ge'ez ou guês, é uma língua antiga semítica que foi usada como língua litúrgica e de escrita no norte da Etiópia e na Eritreia.
Em relação ao hebraico, o geez e o hebraico são ambos membros da família das línguas semíticas, o que significa que compartilham uma ancestralidade comum e têm algumas semelhanças estruturais e léxicas. Ambos os idiomas têm raízes triconsonantais e apresentam características gramaticais semíticas, como conjugação verbal e uso de prefixos e sufixos.
Geez e a tradição Judaico Cristã
Além disso, o geez e o hebraico têm uma conexão histórica através da tradição judaico-cristã. O geez foi usado como língua litúrgica na Igreja Ortodoxa Etíope, enquanto o hebraico é a língua litúrgica do judaísmo.
Ambos os idiomas foram usados em textos religiosos e têm influências mútuas.
No entanto, é importante notar que o geez e o hebraico são línguas distintas, com suas próprias características e desenvolvimentos separados ao longo do tempo. Embora compartilhem algumas semelhanças devido à sua relação semítica, são considerados idiomas separados com suas próprias gramáticas, vocabulários e estruturas específicas.
Geez e o movimento Rastafari
O idioma geez desempenha um papel significativo na cultura e na religião rastafári. O movimento rastafári, originado na Jamaica, tem suas raízes na fé e na devoção de seus seguidores ao imperador etíope Haile Selassie I, que eles consideram como a encarnação de Deus (Jah) na Terra.
O geez é a língua litúrgica da Igreja Ortodoxa Etíope Tewahedo, da qual Haile Selassie I foi um líder influente. Os rastafáris consideram o geez como uma língua sagrada e uma conexão com suas raízes etíopes e com o imperador Haile Selassie I. O uso do geez em rituais, orações e cânticos é uma parte importante da prática religiosa rastafári.
Além disso, muitos dos textos sagrados e escritos históricos do rastafarianismo são escritos em geez ou têm influências da língua. Os escritos sagrados etíopes, como o Kebra Nagast (Livro da Glória dos Reis), que conta a história da realeza etíope e a relação com o rei Salomão e a Rainha de Sabá, são considerados textos importantes para os rastafáris e estão escritos em geez ou têm influências do idioma.
Portanto, o geez tem uma conexão profunda com a espiritualidade, a cultura e a identidade dos rastafáris, que valorizam e estudam a língua como parte de sua adoração e devoção a Jah e à herança etíope.
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